Poemas em nome próprio
De renomes idos
Sentimentos lidos
De renomes idos
Sentimentos lidos
Declamações mudas
Janelas de perspectiva infinda
Um diário livre
Janelas de perspectiva infinda
Um diário livre
sexta-feira, 23 de março de 2012
Há exatos quatro anos, tive o privilégio de participar do "I Letras em Lisboa" (encontro que reuniu poetas e estudiosos da literatura lusófona de todo o mundo) e declamar poemas de Fernando Pessoa no Teatro São Luiz, ao final da mesa dedicada ao poeta. A casa onde ele nasceu fica exatamente em frente ao teatro.
O guardador de rebanhos
II
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparesse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
(Alberto Caeiro)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário