mas todo o melhor
e todo o pior dos homens
se faz e se refaz
continuamente
na recriação erguida
e na demolição
de si, perenamente
e não saberia dizer se bem
ou mal, apenas sendo
na experiência o todo
partido frágil delicado uno
descerrado e solto
que se cria no espaço
do espasmo de se ver
de repente
um outro que sempre se foi
estranhamente
Poemas em nome próprio
De renomes idos
Sentimentos lidos
De renomes idos
Sentimentos lidos
Declamações mudas
Janelas de perspectiva infinda
Um diário livre
Janelas de perspectiva infinda
Um diário livre
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
No final da palestra de encerramento da III semana de música antiga da UFMG (02-11/09/11), em Ouro Preto, declamei um pequeno poema do Mário Quintana, homem de palavras simples, animadas. Achei que o poema resumiria bem a lembrança dos momentos intensos e verdadeiros dos dias passados por todos, entre concertos inesquecíveis, palestras, cursos, oficinas e encontros humanos de muita riqueza. Acrescentei a palavra "música" no segundo verso, mas tenho certeza de que o poeta aprovaria a oportunidade do artifício:
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves
são as únicas que o vento não conseguiu levar.
o estribilho de uma música antiga
um carinho num momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento.
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