(a Rogério Claudino)
Quando encolhe seu sorriso
para vitimar-nos bem de dentro.
Quando suspendemos as palavras, poucas
porque nunca delas precisamos muitas.
Nesse seu esparramar de braços,
nesse apresentar de dedos bailarinos,
não é o amigo, o companheiro,
é o artista, o adormecido artista
que nos eleva, desta vida,
ao sonho de, no silêncio, de verdade, ouvi-la.
Como a queremos ou como a sonhamos
em, por um instante,
acreditar que somos deuses.
E nos recebe, nos conduz
no transporte suave desses dedos
aonde sozinhos nunca dançaríamos.
E nos olha dedilhando, nossos olhos
marejados por seus dedos,
dedos que seduzem esse instrumento de amor, o violão
e nos o faz, na baila, amar também.
E é por esse seu amor,
por causa desse seu amor
é que sofremos dessas dores.
Ah!, essas notas que ferem!
Dores de que tanto gostamos,
dores que nos aliviam de dores
das que não gostamos de sofrer.
Simplesmente lindo!
ResponderExcluirLembranças de tempos que insistem em não passar... minha gratidão ao amigo por essa inesquecível honraria!
ResponderExcluirQue saudade, meu amigo!! Não esqueça de mandar sempre notícias! Honraria foi a minha em ter te ouvido algumas vezes. Bem queria novamente o privilégio!
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