A experiência de ter habitado
e retornar a Minas, como um estrangeiro.
Percorrer todos os rostos à face
da miragem e da sensação
como se os tocasse todos
com os dedos intrigados da alma
e percebesse neles a evidência clara
reveladora e inquietante de sua história
mais do que por edifícios e cidades
e descobrisse enfim
a rugosidade morena das peles e das pedras
uma caiação generalizada da alegria
os sorrisos ornados de um cansaço anscestral
os corpos informados de ladeiras e labutaso alvo amarelecido do olhar, ao poente ou pelo tempo mesmo
o andar perene de uma procissão sem fim, sem redenção.
E ainda assim
aquela mania antiga de erigir brinquedos confiantes aos deuses
e uma melancolia infensa a qualquer sublimidade.
praça central de Sabará, 14/07/12
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