Poemas em nome próprio
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Janelas de perspectiva infinda
Um diário livre
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
A máquina deste mundo
...dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo
Drummond
Engrenagem rude esta do mundo que me afora
leva a alma inteira a viajar incrível
Crê-se livre e solta a trotar no espaço infindo
a despeito de errar-se tola pela máquina insensível
Galga alta o arco ilusionista
ignorando que há múltiplos ruídos
Crê-se onipresente nesse todo fantasista
mas é só poeira, nada, uma sombra invisível
Imagina que se rege pela música, pelo amor, a poesia
mas domina-a e a conduz ao fado, ante tudo
um mercúrío mineral de astros outros enredados
o senso comum mais rastro e previsível
E como eu palmilhasse a minha estrada apenas
encontrei vários desvios.
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