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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o deserto do teu beijo

Quando me beijas o pescoço
e me estendo,
eu e meu pescoço prostituto
campo aberto, sequioso,

se me atinges o meu ponto G..emo, amo
e por amar esse momento
desejo que como o deserto,
imagem que por teus beijos vejo,
dure esse real delírio.

Tu nem sabes a que tanto
e tanto me convidas.
Por teu singelo ser
e ser e falar, ao sussurrar,
teu caminhar,
é que às nuvens me atiro.

Serve-me o banquete das delícias
até o instante em que docemente me olhas,
sorriso nos lábios ainda úmidos e quentes.
Entre Deus e o amor,
és meu confessionário.

E na cadência em que o limite do corpo
finge a saciedade da alma,
enquanto o amor alvora
a sesta é em teu colo,
onde repouso.

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